Por Clarissa Viana, Marcela Pereira, Marina Didier e Stamberg Júnior.
Há 16 anos o 100% Brasil acumula histórias, incêndios e reconstruções |
O China Brasil virou o 100% Brasil. Mas muita coisa mudou além do nome.
Vera Cavalcanti, 60 anos, sócia do restaurante-casa-de-festa-danc eteria
localizado na Rua 7 de Setembro conta que, quando comprou o
estabelecimento, o lugar era tomado pelo “caos chinês”. “Era um mix de
abandono”, definiu. Vera e seu marido, Carlos Antônio, resolveram
arriscar: reformaram o lugar e organizaram tudo. Empreendedores natos,
logo fizeram planos de transformar o self-service em algo mais.
Assim, a empresa
camaleão vem tomando espaço no bairro da Boa Vista aos contrastes. De
dia, evangélicos, trabalhadores famintos, crianças e idosos. À noite,
bregueiros, trabalhadores dançantes, jovens e idosos.
Vera explica
que o brega não é seu tipo de música. A escolha foi feita porque é um gênero que tem espaço no cenário musical, pouco se investe nos novos músicos. Apesar disso, ela o
considera um ritmo respeitável. “É a música daqueles que trabalham
muito”, disse. Para ela, a valorização do seu esforço se dá no sentido
de promover entretenimento aos seus clientes. “É uma alegria ímpar. Vejo
senhoras arrumadas para a noite, muito felizes”, contou. O cheiro da
maquiagem dá um ar especial ao lugar. “Uma vez, veio um senhor de uns 80
anos pra cá. Ele estava impecável. Era muito gentil na hora de chamar
uma moça pra dançar”, relembrou. “Mas, ao mesmo tempo, chegam os jovens,
que entram e animam a todos”, concluiu. O local funciona de segunda a
domingo, mas é na quinta-feira que a noite ‘pega fogo’. ‘É o dia que
mais tem gente aqui à noite. A casa lota’.
1 comentários:
1. Sugestão: Coloquem a voz de algum cliente.
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